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Sindicato organiza ato de descomemoração da ditadura militar

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal-Rio), em conjunto com o Grêmio dos Aposentados, organizou um ato de descomemoração do Golpe Militar de 1964 na manhã de 1º de Abril, data em que se completam 50 anos do golpe civil-militar.

A abertura da atividade, que aconteceu no auditório Manuel Luiz, foi feita pela Diretora do Sindimetal-Rio Raimunda Leone que lembrou o motivo da atividade ao dizer que “hoje é um dia de descomemoração do golpe de 1964 que atingiu de forma muito dura este sindicato, o primeiro a ter sua autonomia atacada pelo regime ditatorial”.

O Presidente do Sindimetal-Rio, Alex Santos, assumiu a direção da atividade logo após Raimunda organizar a composição da mesa e, em sua intervenção lembrou que na véspera do golpe, toda região da Mangueira e de São Cristóvão estava cheia de tropas militares prontas para agir em caso de reação dos metalúrgico cujo sindicato, nas palavras de Alex “tem histórico de enfrentamento nos momentos agudos da história do Brasil”.

Nobre, Presidente do Grêmio dos Aposentados, tomou a palavra logo após Alex e, em uma fala emocionada lembrou as famílias das vítimas da Ditadura Militar, afirmando que “não podemos nos esquecer do sofrimento das famílias daqueles que foram mortos e torturados pela ditadura”.

Logo em seguida, Djalma Oliveira, membro da Comissão Estadual da Verdade brindou o público com assustadores números da ação violenta do regime militar e defendeu que o golpe não teve nenhum viés nacionalista. “Os militares rasgaram a constituição e em uma atitude subversiva entregaram o Brasil ao imperialismo norte-americano instalando aqui um regime autoritário baseado em um modelo de Estado terrorista.”

Ativista sindical em 1964 e presidente do Sindimetal-Rio a partir de 1967, Valdir Vicente fez a principal fala do ato, narrando a todos como foi a intervenção militar no Sindicato. O ex-presidente comentou que os militares quebraram muitas coisas e pixaram o Palácio dos Metalúrgicos. Segundo Vicente, os militares “invadiram o sindicato achando que tinham armas, mas a única arma que havia no sindicato era um revólver do vigia de plantão”. O metalúrgico apontou, em sua fala, o que considera ter sido um dos fatores que levaram à ação dos militares: “depois do comício do Jango, o Sindicato emprestou sua sede para que os marinheiros pudessem fazer uma assembleia e se organizar e isso eles jamais perdoaram”. No final de sua fala, o ex-presidente exaltou o papel do sindicato que mesmo com membros presos e torturados “enfrentou os militares e nunca se curvou”.  Após sua fala, Vicente entregou para o presidente do Sindimetal-Rio a ata de posse da diretoria de 1967 e a lista de trabalhadores exonerados pelo próprio Presidente Castelo Branco após o Golpe, em Outubro de 1964.

O metalúrgico João Batista Lemos, Presidente Estadual do Partido Comunista do Brasil – Rio de Janeiro taxou o período militar como sendo “de terror e concentração de renda” e afirmou que “só vamos garantir que não haverá mais tortura nesse País se a Classe Trabalhadora assumir o protagonismo político”. Membro da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Indalécio Wanderley, membro cobrou do Estado reparação às perdas do sindicato dizendo que “o Estado deve ressarcir o sindicato e as famílias vítimas das listas negras das empresas que apoiaram a Ditadura Militar”.

Edmilson Valentin, ex-Deputado Federal e também metalúrgico, em sua fala defendeu que a “ditadura não resolveu os problemas do País porque era atrelada a interesses políticos de fora do país em seu projeto político”. O ex-deputado valorizou o ato que defendeu como sendo “muito importante para entender que temos que ser muito contundentes ao lembrar que este foi um golpe contra o País e contra o povo brasileiro”.

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